Inconseqüente. Algumas lições aprendemos apenas vivenciando-as. Aquela máxima dos sábios que dizem “aprender pela observação das experiências outras” parece não valer para algumas situações. Aconteceu comigo.
Um certo dia resolvi comprar uma moto. A Rê nunca foi muito a favor, mas de tanto eu insistir, compramos a moto e junto da mesma um boleto com 36 prestações. Andei cinqüenta kilômetros, fiz uma viagem até Resende e quase fui atropelado por um carro com minha esposa na garupa. Como se não bastasse fiquei sabendo do alto índice de roubo e furto de motos na cidade onde moro. Conclusão frustrante, moto na garagem sem eu usar, 36 prestações para eu pagar e uma rosto amarelo por não ter escutado a esposa(para dizer pouco).
Como se não bastasse em outro momento resolvi comprar um carro. Parece que diante da expectativa de comprar um automóvel a maioria dos homens perdem a razão. Pelo menos aconteceu comigo. Entretanto sempre admirei meu pai. Ele sempre se mostrou muito “cabeça fria” quando o assunto era carro. Em algum momento ele aprendeu a lidar com a razão, não se deixando dominar pela emoção.
Assim, por esses dias descobrir que tinha de trocar os pneus do carro. Fui todo faceiro em uma promoção do Carrefour. Cada um por 120,00, dizia o anuncio. Quando vou comparar a numeração, o que estava sendo vendido era o R13, e o meu era de aro maior, muito mais caro. No hora veio a lembrança do meu pai comprando os quatro pneus R13 e rindo a toa. Saí dali prometendo para mim mesmo que o primeiro item que iria observar antes de comprar um carro seria os pneus. Manter um carro custa caro, quem tem um sabe disso. Se a compra foi motivada pela emoção inconseqüente... quão caro sairá esse carro!
Penso que meu próximo carro será uma compra mais racional do que emocional. Muita leitura, muita pesquisa, muita espera, pois um erro dessa ordem custa muito ao bolso! Os pneus insistem em me lembrar disso. Todavia nesse universo humano não sou o único a ter assumido posturas motivadas pela emoção. Acredito que muitas pessoas já erraram como eu. Alguns ao comprar um carro, outros um celular, uma casa ou uma moto. Se for escrever sobre questões emocionais, não foram poucos os que inconseqüentemente erraram ao começar um namoro, um casamento, uma amizade. Atitudes inconseqüentes como ficar livre delas???
Cuidando do Ser! Voltar a trás em determinadas situações é impossível. Meu pai saiu no lucro, eu terei de gastar mais dinheiro com pneus. Mas vou repensar melhor as escolhas daqui para frente, mesmo que tenha que pensar em pneus, faz parte! Pense, repense, pense outra vez, volte a repensar antes de tomar determinadas atitudes seja de ordem material, financeira ou emocional, assim portas de uma atitude inconseqüente serão, certamente, fechadas. Não pretendo acertar sempre, mas pretendo abaixar em muito a minha margem de erro!!! Hoje essa é a minha busca existencial, qual é a sua?
Por Luciano de Paula.
09/02/2012.
Pedrão, o heroí da partida...
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