quarta-feira, 31 de março de 2010

CUIDANDO DO SER IV – O AMOR.

            Mais uma vez estou aqui em minha epopéia shakespeariana. Hoje venho pensar um pouquinho sobre o amor baseado na história de Romeu e Julieta.

            Em princípio o que é o amor? Será que realmente eles se amavam. A história conta que mal Romeu comia e dormia, fruto de um sentimento por outra moça e de repente, em uma festa, se vê “amando” Julieta, perdidamente. Trocam juras de amor eterno. Como toda obra de Shakespeare, essa também é dramática. Os dois acabam mortos. Fruto do amor? Será?

           “O amor para mim é vida.” Concordo com essa máxima. O amor constrói, liberta, afaga a alma, faz as pessoas voarem por céus altaneiros. O amor leva – nos ao sentimento de renuncia, não ao extremo da morte. Arriscaria dizer que Romeu e Julieta viveram não a construção de um amor (tijolo por tijolo), mas sim uma paixão avassaladora que os conduziu a morte. Amor sempre é vida, paixão não, e as vezes, como no caso, pode ser morte.

           E agora nos meros mortais, o que é o Amor (sentimento cantado em prosa e verso)? O que é amar verdadeiramente alguém? Para mim, Luciano, amor é vida em renuncia. Quando o outro precisa e conscientemente escolhemos parar nossa vida (nossas atividades, nossos compromissos, nossas prioridades em atenção ao outro). Assim poderia arriscar dizer que amor é doação... Doação de vida. Logo, amar realmente alguém poderia ser doar vida a alguém, em atenção, respeito, cumplicidade, fidelidade e troca.

          Preciso terminar, e preciso terminar com um questionamento: - PARA VOCÊ O QUE É O AMOR? E; VOCÊ REALMENTE AMA ALGUÉM?

                                                                                                              POR LUCIANO DE PAULA.

                                                                                                                                          30/03/2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

CUIDANDO DO SER III – A VINGANÇA E O PERDÃO.

Acabei de ler HAMLET, peça shakespereana, e confesso que meu coração, ao termino da mesma, ficou surpreso com a magnitude que a vingança pode atingir dentro da alma humana. Hamlet, o príncipe da Dinamarca, com tamanha sede de vingança se afogou no mar do ódio, morrendo prematuramente.

Coloco-me a pensar, guardada as devidas proporções, muitas vezes somos tentado a vingança. Quando pisam em nosso “calo”, quando nos desagradam, quando falam coisas a nosso respeito que não é a verdade. O sentimento de Hamlet insiste em querer brotar em nossos corações, levando nos a atitudes insanas e impensadas se a ele dermos ouvido.

Quero ser a cada dia mais feliz, e penso que não há felicidade divorciada de um coração perdoador. Em HAMLET, o príncipe poderia ter vivido muito mais, poderia ter chegado ao trono, poderia ter constituído uma família feliz, mas o que dominava seu coração era a sede de vingança. E isso não é bom! Quais sentimentos dominam o meu coração? Quais sentimentos dominam o seu coração?

Shakespeare me ensinou que a vingança não vale a pena, já sabia, agora porém, de forma muito mais vívida. Após a vingança não sei, mas após o PERDÃO há vida e vida em abundância. Escolha, hoje, o melhor caminho, escolha, hoje, o caminho do perdão seja qual for a sua situação.






PS: muito mais que um sentimento, perdão é uma decisão consciente da alma humana.


Luciano de Paula.

08/03/10